Um parque de energia eólica offshore vai firmar-se ao largo de Viana do Castelo. A fase de testes decorreu ao longo de cinco anos, na Aguçadoura (Póvoa do Varzim), e já está concluída.
No mês de Junho, a instalação do primeiro parque com diversas turbinas em Viana do Castelo era a nova etapa do projecto WindFloat, que se encontrava em fase de concepção.
Este é um protótipo pioneiro que produz energia eólica com base numa plataforma assente em pleno mar nas proximidades da Póvoa do Varzim. O WindFloat é altamente resistente a tempestades fortes, nomeadamente a ondas com mais de 17 metros e a ventos superiores a 60 nós.
«WindFloat é o mais bem-sucedido projecto de energia eólica na área de Investigação & Desenvolvimento»
Num comunicado enviado à Agência Lusa, a EDP, empresa responsável por desenvolver o novo projecto, através da EDP Renováveis, afirmou que se encontrava «concluída a fase de testes, que se prolongou durante cinco anos no mar, estando em fase de concepção o projecto do primeiro parque de energia eólica offshore flutuante com esta tecnologia».
A EDP ainda acrescenta que este parque conta com fundos nacionais de Investigação & Desenvolvimento (I&D) e europeus, ao abrigo do programa NER 300. A destacar que o WindFloat é desenvolvido por um consórcio que abrange o parceiro tecnológico Principle Power, a capital de risco Portugal Ventures, a Repsol e a metalúrgica A. Silva Matos.
Na opinião do administrador da EDP Inovação, Luís Manuel, «o WindFloat é o mais bem-sucedido projecto de I&D no segmento dos renováveis offshore no nosso país, colocando Portugal e os parceiros envolvidos na liderança mundial da tecnologia da energia eólica offshore flutuante».
EDP acredita que este é um projecto de energia eólica único no mundo
A estrutura integra dois megawatts (MW) de potência que injectaram mais de 17 gigawatts hora (GWh) na rede eléctrica nacional no decorrer de cinco anos. Desta maneira, conseguiu-se cobrir o consumo de electricidade de mais de 1400 famílias, tendo em conta os perfis médios de consumo. Daí que a EDP considere que este seja um projecto de energia eólica único no mundo.
Perante a conclusão da primeira etapa de análises do WindFloat, haverá o reboque da eólica de regresso para o porto. Esta operação será concluída no decorrer do Verão.
«Em sua substituição, uma nova tecnologia será instalada na Aguçadoura. Entretanto, o WindFloat terá continuidade uns quilómetros a Norte, em Viana do Castelo, com a instalação do primeiro parque de energia eólica offshore flutuante, recorrendo a esta tecnologia. Este projecto possibilita a preparação de toda a cadeia de valor para a entrada posterior numa etapa de exploração comercial», contou Luís Manuel.
O WindFloat enfrenta agora um desafio: a necessidade de instalação de um cabo submarino que conecte a rede eléctrica em Viana do Castelo.
Fonte: Diário de Notícias
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