A NASA encontra-se a construir um novo avião experimental. Trata-se do X-57 Maxwell, que funciona somente com energia elétrica. O protótipo foi apresentado no Fórum Anual do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica, no estado de Washington. Esta aeronave é constituída por 14 motores de hélice que se encontram nas asas estreitas, que têm uma forma inovadora.
Avião com energia elétrica tem uma maior velocidade de cruzeiro
Sendo um importante passo para o começo do fim dos aviões que funcionam a combustão, esta aeronave experimental enfrenta alguns obstáculos. Por exemplo, há limitações evidentes em relação ao peso e à autonomia.
A destacar que nem todos os motores serão utilizados da mesma forma. Logo, 12 dos motores – que contam com uma potência de 9 quilowatts cada e são mais pequenos – trabalharão só nas aterragens e nas descolagens.
Quando a avioneta alcançar a altitude de cruzeiro, as hélices dos motores dobram-se e entram em funcionamento os outros dois motores, que se encontram nas pontas das asas. Estes não só são maiores, como são mais poderosos (60 quilowatts). A velocidade de cruzeiro corresponde a 280 quilómetros por hora, aproximadamente. Ou seja, atinge-se uma maior velocidade, mas com um custo muito inferior.
Daí que, segundo a publicação New York Times, o X-57 Maxwell seja a primeira etapa para a construção de pequenos aviões eléctricos, cujos custos de utilização são mais baixos, em relação aos veículos que incluem motores a combustão. Por outro lado, devido aos motores eléctricos, há um maior fluxo de ar.
«Amigo do ambiente», eficiente e silencioso: eis algumas das vantagens do avião com energia elétrica
«Com o regresso dos aviões pilotados da série X à área de pesquisa da NASA (uma parte integrante do nosso programa de 10 anos para alcançar novos horizontes na aeronáutica), o desenvolvimento do X-57 Maxwell será o primeiro passo de uma nova era na aviação», assegura o chefe da organização, Charles Bolden, citado num comunicado da NASA.
Actualmente, o X-57 Maxwell tem uma autonomia de voo de 100 milhas. O nome deste avião é uma homenagem a James Clerk Maxwell, um físico oriundo da Escócia que foi o autor da teoria clássica da radiação electromagnética, que junta magnetismo, luz e electricidade.
A aposta num avião movido a energia elétrica não é propriamente uma novidade. Já em Maio de 2015, a NASA divulgou que estava a testar um veículo eléctrico com dez motores. Além de ter semelhanças com um drone, o GL-10 destacava-se por ser mais silencioso, em comparação com um avião convencional.
Esta é mesmo uma das principais vantagens deste transporte movido a energia elétrica. Mas há mais: por exemplo, estes veículos são mais eficazes, para além de serem mais «amigos do ambiente».
Fonte: Exame Informática
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