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Gás de Xisto em Portugal: será uma solução viável?

Gás de Xisto em Portugal: será uma solução viável?

Energia | 17 de Agosto, 2019 | Revisto a 31 de Julho, 2019

LEITURA | 5 MIN

São notícias a levar em conta: a produção de gás de xisto (shale gas) nos EUA quadruplicou entre 2007 e 2012, atingindo nesse ano os 266 biliões de metros cúbicos, com 30,000 poços escavados.

Estima-se que até 2035, o gás de xisto passe a representar quase 50% de todo o gás natural produzido nos EUA, embora as maiores reservas de xisto pareçam estar na China.

Tudo somado, este método não-convencional de obtenção de gás natural promete abrir o mundo energético a uma nova fonte de energia capaz de alimentar as necessidades energéticas mundiais pelo menos durante o próximo meio século, e com índices de poluição vastamente inferiores aos produzidos pela combustão do carvão.

O que é gás de xisto?

O xisto betuminoso é uma rocha sedimentar rica em material orgânico, que quando submetida a altas temperaturas se vaporiza, permitindo posteriormente a separação do óleo de xisto do restante vapor, efectivamente obtendo-se uma fonte de hidrocarbonetos alternativa ao petróleo.

E, tal como no caso do petróleo, os depósitos e xisto betuminoso – dito folhelho – assistem à produção espontânea de gás natural: gás de xisto.

A utilização do xisto betuminoso e derivados como combustível antecede o período Romano, e desde o século 19 que daí se obtinham querosene, parafina e óleo para lamparinas.

Em pleno século 20 a extracção de óleo de xisto tornou-se pouco atractiva devido ao acesso fácil a petróleo barato após a segunda guerra mundial.

Actualmente, com a escalada nos preços dos combustíveis, tudo mudou e o xisto ameaça tornar-se uma fonte primária de obtenção de gás e hidrocarbonetos líquidos.

A extracção de gás de xisto

Porque o gás de xisto se encontra a grandes profundidades (até 3 mil metros), e não se encontra em grandes bolsas como o restante gás natural, a única maneira de o obter é através de uma técnica chamada de fraturação hidráulica, que só no final dos anos 90 se tornou económica para utilização em depósitos de argilas betuminosas.

O xisto betuminoso caracteriza-se por baixa porosidade e permeabilidade. Deste modo, a extracção de gás de xisto está dependente desta injecção aquosa a altas pressões para a criação de fracturas que aumentam a porosidade e permeabilidade das rochas. Uma vez removida a pressão do poço construído para a injecção, o gás flui mais facilmente pelas fracturas criadas.

Actualmente, o impacto ambiental da fracturação hidráulica está em debate.

A técnica é citada como podendo causar poluição de lençóis freáticos de consumo humano, além de produzir grandes quantidades de água não potável que é necessário tratar.

Eventos sísmicos também têm sido relacionados com esta actividade. Acima de tudo, a técnica necessita de enormes quantidades de água: cada poço na Pennsylvania gasta em média 20.8 milhões de litros, lançando receios de que se inicie uma escassez de água potável.

Gás de xisto vs carvão

Face ao carvão, o gás de xisto tem vantagens cruciais: as emissões de dióxido de enxofre do carvão são entre 17-40 vezes maiores por MW/h que as emissões de gás de xisto. Este último tem por isso sido relacionado com menores índices de poluição.

Apesar das reservas quanto ao impacto ambiental da fraturação hidráulica, este é entendido para alguns como inferior ao impacto da extracção de carvão que, além de perigosa, altera substancialmente a geografia local e acumula detritos perigosos à superfície.

Gás de xisto: o potencial de Portugal

Portugal tem amplos depósitos de xisto betuminoso, mas resta ainda saber se o gás existe em quantidades que justifiquem extracção comercial. Actualmente procedem-se aos primeiros estudos, com bons indicadores no Algarve e Alentejo.

Apesar de não ser ainda uma possibilidade difundida em Portugal, há atenção política ao assunto, como comprovam as declarações de Álvaro Santos Pereira em Junho de 2013 ao DN, indicavam perfurações para 2014.

Dependendo da quantidade de gás existente, poderá haver em Portugal potencial para uma factura energética mais baixa, pelo menos a médio prazo, à medida que o investimento inicial se pague, à semelhança do que se tem assistido nos EUA.

Na França nuclear, onde existe um excesso de energia eléctrica, a pressão de grupos ecologistas é suficiente para colocar este país fora da rota do shale gas.

Não deverá ser o caso de Portugal, um país com grande défice energético onde se procuram há largos anos soluções viáveis para gerar independência energética.

Marco

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Bio

Pós-graduado em Ciências da Educação, actualmente a trabalhar no grau de doutor, é blogger literário, crítico musical e fotógrafo por paixão, com um já extenso portefólio de fotografia de eventos.

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