No passado mês de Abril, a Vortex adquiriu a carteira Pan-Europeia de energia eólica da EDP Renováveis. 550 milhões de euros foi o valor do negócio, do qual fizeram parte 23 parques eólicos localizados em quatro jurisdições da União Europeia: Portugal (191 megawatts [MW]), França (54 MW), Espanha (348 MW) e Bélgica (71 MW).
Transacção de parques de energia eólica permite um maior reinvestimento em projectos com valor acrescentado
Com o acordo firmado entre a EDP Renováveis e a companhia egípcia Vortex, houve a venda de uma participação de 49% nessa carteira de activos eólicos. Num comunicado enviado a 19 de Abril à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP ainda informou que a operação somente ficaria concretizada perante a «obtenção de autorizações regulatórias e outras condições precedentes». Espera-se que a venda esteja concluída no decorrer do segundo trimestre de 2016.
No comunicado, pode ler-se igualmente que, através desta transacção, a parceria sólida entre a Vortex (plataforma de energia renovável e gerida pela EFG Hermes Private Equity), e a EDP Renováveis sofrerá uma maior expansão.
O responsável da EFG Hermes Private Equity, Karim Moussa, afirmou que a Vortex alcançou um bom impulso e o reconhecimento do mercado europeu dedicado à energia renovável, em apenas 18 meses, a partir da primeira transacção que adquiriu 49% da EDP Renováveis em França.
Através desta nova transacção, a Vortex fica mais próxima de atingir a sua finalidade de deter mais de 1 gigawatt de capacidade instalada já nos próximos dois anos.
No comunicado enviado à CMVM, a EDP relatou que a transacção se integra numa rotação de activos da empresa, de acordo com a qual o valor dos cash-flows dos projectos é novamente investido no desenvolvimento de projectos com qualidade e que acrescentem valor. Trata-se de ideias que potenciam o crescimento.
A venda de energia eólica origina uma entrada mais fácil em novos mercados
No fim da Assembleia Geral de accionistas, que ocorreu na tarde do dia 19 de Abril, o presidente executivo da EDP, António Mexia, reconheceu que a venda de energia eólica era um processo com bastante relevância nesse e noutros aspectos: «Estamos a falar de 550 milhões de euros, com um múltiplo de 1.7 milhões de euros por MW, o que nos permite calibrar riscos, penetrar em novos mercados e criar mais projectos do que aqueles que estavam agendados».
A venda de participações minoritárias em parques de energia eólica é uma estratégia recorrente da empresa nos últimos quatro anos para que esta consiga acumular dinheiro e, dessa maneira, investir em novos projectos, sem que seja necessário recorrer a uma dívida.
Essas novas oportunidades de crescimento que serão os alvos do reinvestimento com a quantia da transacção pertencem ao Plano de Negócios entre 2016 e 2020, que foi apresentado em Maio no Capital Markets Day do Grupo EDP.
Fonte: Diário Económico
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