No passado mês de Maio, no Brasil, uma criança com apenas dois anos faleceu, devido a umas queimaduras graves que sofreu depois de um incidente com uma churrasqueira portátil: logo após o almoço, o menino caminhou até ao barbecue, que apenas se encontrava com brasas, e lançou etanol para cima do aparelho. Com a explosão, a criança ficou com os braços, o rosto e o peito atingidos. O pai encontro-a em chamas e levou-a imediatamente para o hospital.
Churrasqueira portátil: porque é preciso ter uma maior atenção com crianças com menos de 5 anos?
Este tipo de incidentes – com maior ou menor gravidade – é comum para quem trabalha com uma churrasqueira portátil e para as crianças ao redor que nem têm consciência dos inúmeros riscos associados aos aparelhos – as queimaduras podem surgir a partir do contacto directo com o fogo, com as brasas ou com líquidos inflamáveis, como o já referido etanol.
No entanto, as crianças com menos de cinco anos correm um especial risco, num contacto directo com uma churrasqueira portátil.
Além de contarem com uma pele mais fina, existe um menor tempo de reacção, uma reduzida agilidade e uma maior curiosidade. Nesses casos, alguns cuidados devem ser tomados, como evitar a preparação de alimentos quentes com uma criança no colo ou nos braços ou guardar os líquidos inflamáveis num espaço seguro.
O que se deve fazer quando uma criança sofre queimaduras numa churrasqueira portátil?
- É melhor tentar apagar a chama através de um pano limpo e húmido, preferencialmente.
- É melhor tentar arrefecer a lesão, recorrendo a uma água gelada.
- É melhor não alimentar a vítima.
- É melhor encaminhar rapidamente a vítima para o hospital.
- É melhor evitar a utilização de produtos caseiros, tais como o açúcar, o sal, as pomadas, a manteiga ou um óleo de cozinha. Em vez de tratar, estes elementos até podem piorar as queimaduras e causar uma infecção, para além de dificultar um diagnóstico mais exacto.
- É melhor não tratar a vítima, sem possuir os conhecimentos médicos e científicos necessários.
- É melhor não aplicar gelo directamente nas queimaduras. Esta atitude até pode piorar as lesões.
- É melhor não tirar peças de roupa que se encontrem coladas às queimaduras. É mais aconselhável cortar a roupa ao redor das lesões.
- É melhor não furar as bolhas.
- É melhor não esperar muito para pedir uma ajuda especializada. Quanto mais tardio for o tratamento, piores serão as consequências.
- É melhor não tocar nas zonas afectadas.
- É melhor não cobrir as queimaduras com pedaços de algodão.
A recordar que existem diversos tipos de queimaduras, classificados conforme a lesão: há as queimaduras em primeiro grau (a camada mais superficial é atingida), em segundo grau (as camadas mais profundas são atingidas) e em terceiro grau (toda a pele é atingida).
Fonte: Apuracana Notícias
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